Crítica do filme: “Duelo de Titãs (2001)”

Título Original: Remember the Titans

Diretor: Boaz Yakin

Roteirista: Gregory Allen Howard

Produção: Jerry Bruckheimer, Chad Oman

Trilha sonora: Trevor Rabin

Data de lançamento: 9 de fevereiro de 2001 (Brasil)

Duração: 113 min.

Gêneros: drama biográfico

Elenco: Denzel Washington (Treinador Herman Boone), Will Patton (Treinador Bill Yoast), Wood Harris (Julius Campbell), Ryan Hurst (Gerry Bertier), Donald Faison (Petey Jones), Ethan Suplee (Louie Lastik), Kip Pardue (Ronnie "Sunshine" Bass), Hayden Panettiere (Sheryl Yoast), Craig Kirkwood (Jerry "Rev" Harris), Nicole Ari Parker (Carol Boone), Ryan Gosling (Alan Bosley), Kate Bosworth (Emma Hoyt), Burgess Jenkins (Ray Budds).

 

Nota: 5/5

Sinopse

        Herman Boone (Denzel Washington) um técnico de futebol americano contratado para trabalhar no comando de um time universitário dividido pelo racismo, os Titãs. Inicialmente, Boone sofre preconceitos raciais por parte dos demais técnicos e até mesmo de jogadores do seu time, mas aos poucos ele conquista o respeito de todos e torna-se um grande exemplo para o time e também para a pequena cidade em que vive. 

“Alguém sabe que lugar é esse? Aqui é Gettysburg. Foi aqui que aconteceu a batalha de Gettysburg. 50 mil homens morreram aqui, neste campo lutando a mesma batalha que estamos travando conosco hoje. Este campo aqui estava pintado de vermelho, encharcado com sangue de jovens, fumaça e chumbo quente atravessando o corpo deles. Escutem suas almas. Eu matei meu irmão com rancor no meu coração. O ódio destruiu a minha família. Escutem e aprendam com os mortos. Se não nos unirmos agora, aqui neste campo sagrado, nós também seremos destruído como eles foram. Não me importa se gostam ou não, mas vão se respeitar e talvez.. Não sei... Talvez, aprendam a jogar como homens.” 

        Para aqueles que gostam de narrativas baseadas em fatos reais, esse filme se tornará um deleite e ajudará a relaxar a cabeça nesses tempos frios em que vivemos. Essa foi a conclusão que cheguei depois de rever o filme “Duelo de Titãs (2001)”. A primeira vez que assisti ainda era uma criança e já chorava horrores com esse filme, e quão surpreendente foi rever e ter as mesmas sensações. É um filme emocionante e reflexivo que retrata o racismo na década de 70, e que infelizmente é tão atual hoje. 

        A narrativa é baseada em fatos reais, mas não é fiel aos mesmos. Isso implica em algumas modificações para que o filme fique mais empolgante e chame a atenção de um público mais jovem. Mesmo com alguns floreios, a obra nos faz pensar em fatos que existiram naquela época, continuam existindo hoje e provavelmente continuaram existindo no futuro. Se pensarmos que a história ocorreu na década de 70 e hoje vemos casos no EUA como o de George Floyd, percebemos que temos muito o que evoluir. 

        Mesmo com essas modificações podemos nos emocionar com o filme? Sim, sem sombra de dúvida. Grande parte da história é verídica, e os floreios são referente a datas e alguns acontecimentos que se fossem descritos como realmente aconteceram teriam me emocionado da mesma forma.

        Acho uma pena que os cartazes e capas desse filme foquem no ator Denzel Washington, todos os atores atuaram muito bem. A narrativa não centra somente em um personagem, todos são importantes e se um ator não tivesse feito bem o seu trabalho o filme não teria todo esse peso. 

        A trilha sonora é maravilhosamente bem trabalhada, tudo graças a Trevor Rabin. Eu ainda estou decidindo se eu o amo ou o odeio, nunca mais escutarei Ain't No Mountain High Enough de Marvin Gaye e Tammi Terrell sem chorar.

        Finalizando, o que eu aprendi com esse filme:

• Companheirismo;
• Respeitar as diferenças;
• Não diminuir a dor do próximo só porque eu não sinto a mesma dor;
• O verdadeiro significado de sacrifício.
  

Aprendendo um pouco de amor próprio com o Rev e o Lastik. #Lastikmerepresenta

        Tendo dito isso, o único problema que vejo nesse filme é que ele é uma biografia. Estamos falando de vidas reais aqui. Como dói perceber que essas pessoas já morreram, e que nosso apego emocional agora só serve pra chorar mais um pouco. Esse filme trouxe a minha alma de volta ao corpo (sim, ela tinha ido embora depois da crítica de HIStory: Obsessed) só pra chorar e afogar as mágoas. Mesmo assim, o filme é tão bem construido e nos ensina tantas coisas que vale a pena chorar até resolver todos os problemas hídricos do Brasil.

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