terça-feira, 17 de maio de 2022

Crítica do Manhwa: “Dama para a Rainha” (2019)

capa do manhwa dama para a rainha

Autor: Musso
Artista: Kim So Hyun
Capítulos: 108
Volumes: 2
Status: Finalizado/Traduzido
Data de início: 2019
Data de encerramento: 2022
Gêneros: Drama, Fantasia, Romance, Shoujo
Títulos alternativos: Dama a reina (es), Fukushuu no kougou (jp), Lady to Queen (en)

 

Nota: 1,5/5


Sinopse:

"Eu nunca vou amar o Imperador."

Minha irmã Neil, que se tornou a Rainha do Imperador depois de ter sonhado com contos de fadas e amores verdadeiros, voltou divorciada e acusada de alta traição. Nossa família, os Rochesters, foi impiedosamente executada. Mas por algum milagre, voltei no tempo antes de Neil ser selecionada como candidata a Rainha do Imperador.

Se eu me tornar rainha em seu lugar, você e nossa família não precisaram sofrer. Esta sua vida pode ter um final feliz, irmã. Eu prometo.


        Avisando que essa crítica terá spoilers do início ao fim, caso você não tenha lido o manhwa fica por sua conta e risco. 

        Bem, eu gosto muito de yaoi, já disse por aqui que esse gênero me ajudou bastante quando estava cansada de mais com shoujo. Que pra mim, nada mais é que contos depressivos sobre como uma moça deve se comportar em um relacionamento. Mas como nem tudo são flores, de vez em quando me aventuro nesse gênero e em outros também. Esperando muitas vezes encontrar alguma mudança dentro do gênero. E nesse contexto achei “Dama para a Rainha”.

        De início adorei a história, mas (Lembra? Nem tudo são flores) me deparei com esse comentário no TMO:

comentário sobre dama a reina manhwa shoujo
Obs. Relembrando que leio os mangás geralmente em espanhol.

        Então eu pensei: “Não, não pode ser. Depois de tantos anos sem ler algo do gênero...

        Eles não vão me sacanear desse jeito...”Então né? Como eu posso descrever a situação...

        Bem, que venham os spoilers...


De quem é a culpa?

        Bem, vamos lá... O imperador tinha uma mãe abusiva, muito abusiva. Não entrarei em muitos detalhes aqui. O transformando em um homem doente, não explica muito bem, mas ele enlouquecia por causa de alguns gatilhos como flores, barulho, medos, etc... 

        Mas Dani, como assim ele enlouquecia? Cara leitora, esse ser ficava completamente louco no ódio e foi numa dessas que ele estuprou a filha de um anfitrião que o recebeu em sua casa. Sim estamos falando da concubina do Rei, a Rose. Na história, o autor usa a fragilidade do Imperador como desculpa para o ocorrido. Porque além de tudo isso, o imperador matou a própria mãe com a ajuda dos seus súditos mais próximos que também acobertaram o caso. Esses súditos queriam controlar o império, e isso seria muito mais fácil tendo como imperador uma criança. 

        Rose fez de tudo para se tornar a concubina do rei, mas não porque ela o amava e sim para se vingar e destruir o reino. E nesse embolê é que entra a família da protagonista. Rose faz de tudo para que a dama escolhida como imperatriz seja doente ou infértil, porque assim o casamento do rei poderá ser desfeito e a concubina pode continuar tentando engravidar do imperador ganhando assim o titulo de imperatriz.


O que há para ver depois que se estabelece o enredo?

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        Bem, o imperador só fica com a Rose por peso na consciência, e ela por sua vez se aproveita dessa fragilidade para se colocar como uma mulher pura, casta, justa e que não faria mal a ninguém. 2/3 dos capítulos são disputas de poder entre a imperatriz e a concubina. O problema é quando o Imperador entra em cena. Ele estupra a protagonista em uma de suas crises, e esse fato e abafado pelo autor como sendo uma obrigação a mulher se deitar com o seu marido. Na realidade ela perde a virgindade assim.

        Além dessa passação de pano sobre as ações do imperador, aos poucos começa a aparecer um sentimento entre a progonista e o abusador que não tem de onde se originar. E não falo nem do fato do imperador ter mandado a família dela pra forca em outra vida, não sei se está certo falar assim, mas ele não faz nada e não é nada para ela e mesmo assim a paixonite começa. Como???

        Quase no final da história descobrimos que a irmã da imperatriz, a Neil, também se lembra do passado que nunca aconteceu. Inclusive ela fica traumatizada e demora um tempo pra se apaixonar e virar a página. Além de ajudar a irmã com a Rose.

        O final se torna previsível quando o autor finge esquecer as crises do imperador, como se a paixão pela imperatriz o tivesse curado de todos os males. Enfim, eu gostaria de dizer que é muito triste a história ter tomado esse caminho. Eu li comentários gigantescos protegendo esse mangá e falando que pessoas como eu são moles e querem enredos cheios de doçura, e não é bem assim. Eu quero uma história de respeito, e que aborde relacionamentos tóxicos como eles realmente são. Não vale a pena ler uma história que romantize tudo o que descrevi acima.

        Por fim, eu só queria agradecer a Sheyla Nogueira, Five. templario anti puercos, Suelen Alvez e Melusin Kinomoto. Sem vocês essa crítica não seria a mesma. #tamojunto


Veja também → Crítica do mangá: “Getsuei (2014)”



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