Sobre os olhos fechados me vejo em reflexo, sobre o reflexo me vejo partida.
E como em um caminho de espelhos encaro as sombras que me cercam.
Com cântico suave eu viajo, em caminhos já percorridos.
Em silêncio permaneço ao mesmo tempo em que não me calo.
Nesse caminho penoso, a cada pensamento estremeço.
O que já passei, o que vou passar...
Finjo não olhar as sombras, mas elas sempre estão lá.
Em dado momento me esmaeço, como se todo o meu ser fosse aquoso.
A falta de densidade ultrapassa a realidade e o meu ego se desfaz.