domingo, 22 de agosto de 2021

Crítica do mangá: "Hinadori wa Shiokaze ni Madoromu (2016)"

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Autor: MINADUKI Yuu

Artista: MINADUKI Yuu

Capítulos: 8

Volumes: 1

Status: Finalizado/traduzido

Data de início: 21 de out. de 2016

Data de encerramento: 22 de out. de 2017

Gêneros: Yaoi, Drama, Romance, Slice of Life

Títulos alternativos: The Little Bird Dozes Off By The Sea; Птичка, что задремала у моря; 雛鳥は汐風にまどろむ

 

Nota: 5/5

 
 

Sinopse

        Depois da morte trágica de sua família, Ayumu é adotado por seu tio, Tachibana. Ambos acabam se mudando para outra cidade, em busca de um recomeço. Lá conhecem Ryou, dono de uma loja de bentos. Esse homem misterioso começa a entrar na vida de ambos. Será que ambos poderão ser felizes ali?

        "Eu vi antes quando cuidei dos seus machucados mas... Você tem um monte de cicatrizes, Ryou. Elas são nojentas, não são? Na verdade não. Elas são todas... Provas do que você viveu. Mas... Elas definitivamente não vão aumentar”

        Ler sempre foi uma forma relaxante de me desligar da realidade quando era mais nova, mas com o passar do tempo comecei a usar a leitura de forma mais consciente e contemplativa. Conhecer novas realidades e comparar com a minha me ajudou com várias questões pessoais.
Depois de tanto ler shojo, percebi com o passar do tempo que o gênero era muito infantil e que pregava hábitos que eu não concordava mais, e isso abriu a minha cabeça pra outros gêneros. Faz muito tempo que comecei a ler yaoi, e de início só chegava em mim obras bem difíceis de ler com temas voltados pra incesto, pedofilia, estupro de forma romantizada, etc. E com a prática vem a experiência. Depois de aprender a garimpar (sim, garimpar), eu consegui achar ótimos títulos com esse gênero. Entre esses títulos está Hinadori wa Shiokaze ni Madoromu, mangá que me faz amar o conceito familiar no yaoi. Inclusive foi ele que me fez viciar em mangá yaoi familiar, e se tiver criança melhor ainda.  

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        É um mangá que aborda temas complicados, mas sempre atuais como abandono, solidão, perda, responsabilidades, auto conhecimento e amor. Em outras palavras, é uma história doce, triste e refrescante. O Tachibana é esforçado e nunca abandona ninguém, Ayumu é o ser mais fofo dos mangás que já li e o Ryou é um homem machucado pelo abandono familiar que aconteceu quando ainda era uma criança. 

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        Todos, depois de bem apresentados, tem sua devida evolução. Os personagens aprendem muito uns com os outros, e terminamos a leitura com aquele sentimento de “que bom, eu fico tão feliz” como se os personagens fossem reais. Creio que esse é o motivo do mangá ser tão gostoso de ler. Mesmo com tantas calamidades, os personagens continuam a evoluir e aprender com os seus erros e desencontros. Isso se torna (pelo menos pra mim) muito satisfatório, a autora teve muito tato para desenvolver os personagens em poucos capítulos, e eu particularmente chamo isso de “dom” e “sensibilidade”. 

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        “Pra mim, sexo sempre foi... Um método de fazer alguém me pertencer, Mas quando se trata de amor... Não é necessário roubar nada...”

        Para finalizar, o mangá tem cenas de sexo, mas não é lemon, o foco da história não é esse e o sexo não é usado aqui de forma aleatória. Tudo nesse mangá tem uma razão/finalidade, o que consequentemente nos causa mais empatia com os personagens principais.
Mais uma autora que só tenho a agradecer, que leitura maravilhosa.

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        Todas as imagens foram retiradas do Scan Yaoi Toshokan que pode ser encontrado nesse link aqui, e a sinopse também foi retirada desse site. 

 

 

Veja também Crítica do mangá: "A joyful life (2017)"

 

 

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